O fator M.

sábado, 22 de março de 2008

Você acabou de ter aquele dia extremamente cansativo na escola ou no trabalho, não agüentaria avaliar mais um relatório, fazer mais um exercício de trigonometria, só quer ir para casa, tomar um banho, ver TV e descansar, desativar a cabeça do mundo racional e lógico. Mas de repente algo acontece, e não é algo bom. Uma SUR-PRE-SA!


Parabéns, você acabou de ser mais uma vítma do Fator M.

O fator M (ou fator Murphy) vem dar o ar da graça naqueles piores momentos, e significa coisas mínimas, desde que elas te irritem profundamente. Pode ser desde uma xícara de café derrubada encima de um trabalho super importante, que levou horas para fazer até aquela situação chata em que duas pessoas ficam uma no caminho da outra e as duas ficam desviando juntas num momento de pressa...

Muitas pessoas famosas já foram terrívelmente atingidas pelo (recém inventado) fator M:

Lavoiser:

- Nossa! Minha teoria realmente estava certa! Quê?! Como assim decaptado?! *pof*

Eric Clapton:

- Uau, esse riff vai fazer sucesso! Filho, saia de perto da janela. Filho? FILHO!!

Há muitos outros exemplos, até mesmo de pessoas não famosas, como eu e tu, mas a fórmula é sempre a mesma. Algo bom e relaxante seguido de uma catástrofe, no sentido geral. Não que um prédio vá explodir, mas alguma coisa realmente irritante vai acontecer.

Também pode vir na versão: Mas era para ser uma coisa boa...

Imagine que o dia foi exatamente como eu descrevi no início do texto. Você abre o portão, caminha até a porta de entrada da sua casa. Seus dedos tateiam ligeiramente o corpo, procurando a chave, implorando por um banho e relaxamento. Você coloca a chave na fechadura. Triunfo! Dá a volta e abre a porta. Está escuro, o interuptor à sua direita. Você acende a luz e seus "aproximadamente cinco segundos de descanso e alegria" acabam. Um monte de pessoas, já grandes, levantam de esconderijos ridículos como embaixo da mesa, ou atrás das suas samambaias e gritam em coro:

- FELIZ ANIVERSÁRIO!

Enquanto você dá aquele sorrisinho de surpresa agradável, dá três beijinhos nas suas amigas e apertos de mão nos seus amigos, Murphy está rindo lá encima, sentindo que acabou de cumprir a tarefa, poderá descansar em paz. Já você...

Em alguns casos, Murphy "joga seu charme" visando humilhação pessoal... a sua humilhação pessoal, óbvio:

Você, com sua guitarra na mão, encima de um palco, tocando aquele solo, aquele que todos lembram, choram, se emocionam. Começam a gritar o seu nome, as moças estão indo à loucura. Você sente que tem os dedos mais poderosos do mundo, dedilhando a guitarra como um monstro do Rock and Roll. De repente você ouve aquele barulho. *pof*. Se você toca guitarra, já imagina o que deve ter acontecido. Sim, a corda da guitarra estourou. Estavam todos quase chegando num orgasmo musical e a corda vai para o espaço. Enquanto você é vaiado, Murphy sorri. Murphy sempre sai sorrindo quando quer, sempre.

E nisso cutuco o botão de desligar com o pé sem querer e perco a crônica...

3 comentários:

Anônimo disse...

Fantástico!

Não sei se hoje eu estou muito suscetível a informações, porque ate Tv assisti. Mas realmente foi uma obra-prima!

Muito foda!

Anônimo disse...

Muito bom este texto! Engraçadíssimo!
Odeeeeeeeeeio o Fator M!
aff
Inté mais ler!
Ana
www.mineirasuai.blogspot.com

Stigger disse...

Murphy teve um orgasmo quando o Fanny - durante nosso show, conforme à descrição - detonou... A corda da guitarra.

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