Odisséia nos 15 anos.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Nós quatro: T. Braga, J. Bandeira, B. Gomes e A.P. Nolasco na festa de 15 anos de alguma alma que fará companhia para caras chatos como Napoleão e Einstein no céu. Tudo corria perfeitamente bem, íamos nos servir. Pela primeira vez, segui à risca o manual de como se dar bem em Buffet de L. F. Veríssimo. Furei a fila das saladas - porque, afinal de contas, eu não ia comer salada de qualquer maneira. - e ataquei o frango, porque a carne não era nem de terceira categoria, era algo além. Infelizmente, me apressei tanto para pegar os melhores pedaços de frango que não deu tempo do salsichão chegar. Aquele frango teve um preço alto.

Todos os fumantes dizem que depois de comer, a melhor coisa que tem é dar umas tragadas em um cigarro. Mal sabíamos nós que cigarros não apenas matavam de câncer, mas também de medo.

Gomes resolveu que queria um cigarro, mas não tinha um cigarro. O que poderíamos fazer? Sair e comprar cigarros, obviamente. Depois de escrever "Toniolo" e coisas como "É photoshop" na foto da aniversariante em que os convidados assinavam, saímos, pela porta da frente. Até aquele momento estava tudo perfeitamente bem, exceto pela vontade de fumar de Gomes.

O clima de mistério impregnava o ar... tá, chega de piadas ou de clima misterioso. Simplesmente saímos do lugar - que, diga-se de passagem, já estava aos pedaços - e fomos para uma esquina que ia dar em uma rua que nenhum de nós sabia. Fomos até a pizzaria "O Barão". O mais engraçado é que o tal "Barão" usava um chapéu de chef. Imaginei o porque de um barão ter que cozinhar, seria um hobby? Se eu fosse um barão teria tantos hobbys além de... fazer pizzas...

Não havia cigarro algum na Barão. O resto da avenida estava vazio, não se via pessoa alguma e estávamos quase na entrada de uma vila. Você ficaria com medo de ser assaltado? Sim, nós ficamos, só que só nos demos conta de onde realmente estávamos quando já na frente da Barão. A coisa mais sensata a se fazer era voltar para a festa, o que não era lá muito sensato, já que o lugar ficava numa rua escura.

No que estávamos voltando, quase no lugar, QUASE LÁ, reparamos que dois homens de conduta duvidosa vinham do outro lado da rua - leia-se: nos mijamos de medo de ser assaltados -. Eu só conseguia dizer: anda mais rápido, anda mais rápido. Estávamos chegando na entrada, mas quando ficamos de frente para o portão, nos deparamos com uma visão que tirou todas as esperanças de continuarmos com nossas carteiras e celulares (e quem sabe até mesmo integridade anal, tem tanto maluco por aí): o portão estava CADEADO. Sim, estava totalmente trancado, o local, que há 10 minutos estava cheio de gente agora estava cadeado e escuro. Era o fator M atuando no pior momento possível.

Em questão de segundos, os supostos assaltantes passaram por nós, no que um deles disse:

- Fica tranqüilo, velho, aqui ninguém roba não.

Não sabíamos se deveriamos sentir vergonha ou felicidade por termos nossos celulares, carteiras e... anus... Mas tinhamos outro problema em mãos: como entrar na festa? Sim, nós tentamos gritar feito animais sendo estuprados, mas não funcionou, todo mundo estava dançando alguma música educativa... como Créu.

Do lado de fora, sem saber o que fazer, com medo de ser assaltados - Era assim que estávamos. A ponto de ir embora, tivemos a brilhante idéia de dar a volta e tentar entrar pelo lado da frente, que era uma igreja, já que a festa estava sendo realizada no salão dela. Saímos correndo feito loucos. Tão loucos que eu nem reparei numa corrente no caminho, e fui com tudo pra cima dela. Sim, doeu muito e, sim, ainda dói.

Por fim, conseguimos entrar na maldita festa. Estava uma droga, e todo mundo menos eu e J. B. ficou de porre.

A parte mais legal da festa foi quando cheguei em casa e assisti "na hora do intervalo"...

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